quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Brasil melhora no IDH

Brasil melhora no IDH - 06Out09


Hoje, no Brasil, 90% da população são ou estão sendo alfabetizados. A taxa bruta de matrículas estabilizou-se em 87,2%. Esses são alguns dos principais dados revelados pelo relatório nº 560, do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, divulgado nesta segunda-feira, dia 5 de outubro. Com isso o Brasil melhorou sua posição em relação ao desenvolvimento humano, mas se mantém na 75º posição no mundo e quinto na América do Sul. No continente, Chile, Argentina, Uruguai e Venezuela ainda superam o desenvolvimento humano brasileiro.

          De acordo com o PNUD, a renda foi o principal fator para a melhoria da posição nacional. Os dados analisados são de 2007, que indicam avanço em três sub-índices: longevidade, educação e renda. O PIB – Produto Interno Bruto – per capita, cresceu 6,9%, passando de 8.949 dólares para 9.567. Ainda assim o Brasil tem a 79ª melhor renda do mundo, quatro posições abaixo do IDH.

           A melhora no IDH brasileiro representa crescimento. Indica que o País está dentre aqueles com desenvolvimento humano elevado. Porém, se olharmos a tabela de cima para baixo veremos à frente, países como Costa Rica – cujo ex-presidente Rafael Calderón foi condenado por corrupção nesta mesma segunda-feira – Cuba, que sobrevive com embargo econômico dos Estados Unidos e seus parceiros comerciais e países que há menos de duas décadas estiveram envolvidos em guerras civis, além dos próprios Chile, Argentina, Uruguai e Venezuela.
          Na ponta do lápis, a situação brasileira ainda é abaixo do esperado para a décima economia mundial. A leitura que se faz do relatório do Pnud é que os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres, cada vez mais dependentes de programas governamentais de transferência de renda. Na verdade, isso significa um avanço maquiado e não o desenvolvimento que se deseja para um país que pretende estar, na próxima década, entre os cinco maiores do mundo.

         Para alcançar a posição desejada – e anunciada – o Brasil precisa implementar rapidamente a reforma fiscal de forma a privilegiar o crescimento com geração de emprego e renda. É necessário gerar empregos formais na mesma proporção do crescimento populacional, para que a Previdência Social reverta o quadro deficitário que apresenta hoje, com mais de 17% dos gastos governamentais nesse setor – nos países desenvolvidos gasta-se, em média, 11% -, além disso é imperativo que o sistema público de saúde torne-se eficaz, expandindo tanto a cobertura hospitalar como os programas de prevenção, o saneamento básico e a capacitação. É preciso pressa; uma pressa olímpica.

Para ter acesso ao relatório completo, com tabelas e gráficos, clique aqui.

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